segunda-feira, 3 de agosto de 2009


O fim dos direitos individuais
Sáb, 01/08/09
Do blog de Marco D'Eca

Por José Sarney
A teorização da arte da política começa com Aristóteles. Ele foi o primeiro a querer saber tudo sobre o seu tempo e como os homens faziam para gerir essa máquina do tempo. Baixinho e careca, não lhe faltava senso de humor. Contam que lhe indagaram por que gostava de belas mulheres, e ele respondeu que só um cego lhe indagaria isso.
Mas larguemos as mulheres e voltemos à política, a arte de harmonizar conflitos, já que é mais esta do que ciência.
Hitler tinha horror à política. Na tentativa de evitar a Guerra Mundial, um seu general disse que era chegada a hora da política e ele respondeu: “abomino a política”. O ser autoritário é sempre amargurado com a política: o move a força como solução e, para alcançá-la, veste-se do ressentimento, da inveja, do puritanismo, como uma máscara para esconder a hipocrisia.
O conde Afonso Celso, que escreveu um livro delicioso sobre os anos que passou no Congresso, conta que dois grupos eram constantes em cada legislatura, embora mudassem os seus integrantes: os que viviam à custa da honra da Casa e os que faziam política à custa da honra dos colegas. Em geral, eram sepulcros caiados.
Foi Lênin quem aplicou como método as leis da guerra à política. Ele não a via como um instrumento democrático para a conquista do poder, mas como uma disputa cuja finalidade não era o jogo das ideias, e sim, como na guerra, uma luta entre inimigos não para vencer o adversário, mas exterminá-lo -e nisso toda crueldade devia ser usada. Daí o pensamento dele tão divulgado de que os fins justificam os meios. Quem lê os seus textos sobre o uso do terror fica arrepiado, porque seus exemplos são buscados nos piores momentos do terror da Revolução Francesa, em 1793/94.
Hoje, com a sociedade de comunicação, os princípios da guerra aplicados à política são mais devastadores do que a guilhotina da praça da Concorde. O adversário deve ser morto pela tortura moral disseminada numa máquina de repetição e propagação, qualquer que seja o método do vale-tudo, desde o insulto, a calúnia, até a invenção falsificada de provas.
Como julgar uma democracia em que não se tem lei de responsabilidade da mídia nem direito de resposta, diante desse tsunami avassalador da internet e enquanto a Justiça anda a passos de cágado? Como ficam os direitos individuais, a proteção à privacidade, o respeito pela pessoa humana?
Há alguns anos discutimos esses temas numa Conferência das Nações Unidas em Bilbao. Conclusão: saímos todos certos de que acabou a privacidade e os direitos individuais estão condenados a serem dinossauros de letras nas Constituições.

5 comentários:

  1. WASHINGTON RODRIGUES3 de agosto de 2009 às 11:55

    O PRESIDENTE DEVE CONTINUAR NA PRESIDÊNCIA DO SENADO PARA GARANTIR A GOVERNABILIDADE DO GOVERNO LULA E AOS PROJETOS SOCIAIS

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  2. Quem perde com a saida de sarney é lula!!!!!

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  3. Besteira pura!!! Muito bem escrita!!! Besteira bem escrita!!! Piada!!!
    1-Nomeação de parentes à rodo, conversas gravadas, salários absurdos, dívidas milhonárias... são "o insulto,a calúnia até a invenção falsificada de provas"?
    2-A censura aos meios de comunicação de massa como jornais, rádios e televisão exercida pelo Zé sarney não seriam atitudes tão belicosas quanto as atitudes de Lenin?
    3- A internet não seria o meio mais democrático de comunicação, veículo pelo qual qualquer cidadão poderia se manifestar livremente?

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  4. Sarney é Sarney e morreu Maria prear!!!


    Wellington Gouveia

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  5. Joao Ricardo de Assis5 de agosto de 2009 às 14:02

    Sarney vai ficar no senado com o apoio da maioria do Senado a minoria vai ficar furiosa!

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